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Era como an?ncio de shampoo
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Era vitrine como submersa luminosidade de cristal
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Ela entrou no Shaikka, disse al?, pediu caf?
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E disse olha gente eu sempre fico triste no Natal
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Era a deusa do lugar comum
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E sempre repetia as frases mais batidas como coisa genial
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Um por todos e todos por um
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Quem n?o arrisca n?o petisca e brincava de odalisca o carnaval

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S? ia ao cinema aos domingos, sua av? jogava bingo
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E ela achava que hoje o mundo anda mal
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Adorava o Rel?gio das Flores que rimava com amores
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Quando poetava no colegial
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Era a deusa do lugar comum
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E achava que homem nenhum era perfeito como Deus e coisa e tal
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Andorinha s? n?o faz ver?o
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Quando um n?o quer, dois brigam n?o
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E ter dois p?ssaros na m?o ? imoral

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Hoje, eleita Miss Curitiba
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Ela dedica pra ti, mam?e, e pro papai seu dia mais legal
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Mas ora meu Deus, recusa o trono
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Pra casar, trocar de dono e agradece, mas n?o faz comercial
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Era a deusa do lugar comum
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E sempre repetia as frases mais batidas como coisa genial
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Andorinha s? n?o faz ver?o
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Quando um n?o quer, dois brigam n?o
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E ter dois p?ssaros na m?o ? imoral