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Eu tinha um companheiro por nome de Ferrerinha 
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N?is lidava com boiada, desde n?is dois rapaizinho 
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Fomo  busc?  um boi bravo no campo do espraiadinho 
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Era vinte e oito quil?metro da cidade de Pardinho. 
 

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N?is chegamo  no tar campo cada um seguiu prum lado 
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Ferrerinha foi num potro redom?o muito cismado 
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J? era de tardezinha eu j? 'tava bem cansado 
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N?o encontrava o Ferrerinha, nem o tar boi arribado! 
 

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Naquilo avistei o potro que vinha vindo assustado 
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Sem arreio e sem ningu?m foi v? o que tinha se dado 
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Encontrei o Ferreirinha numa restinga deitado 
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Tinha ca?do do potro e and? pro campo arrastado. 
 

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Quando avistei Ferreirinha meu cora??o se desfez 
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Eu rolei do meu cavalo com tamanha rapidez 
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Chamava ele por nome, chamei duas ou tr?s veis 
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E notei que 'tava morto pela sua palidez. 
 

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Pra deix?  meu companheiro ? coisa que eu n?o fazia 
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Deix? naquele deserto arguma on?a comia 
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'Tava ali s? eu e ele, Deus em nossa companhia 
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Veio muitos pensamento  s? um ? que resolvia. 
 

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Pra levar meu companheiro vejam o quanto eu padeci 
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Amarrei ele pro peito e numa arve eu suspendi 
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Cheguei meu cavalo em baixo e na garupa  eu desci 
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E co'o cabo do cabresto eu amarrei ele ne mim 
 

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Sa? pra aquelas estrada, t?o triste, t?o amolado 
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Era um frio de m?s de junho, seu corpo 'tava gelado 
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J? era uma meia noite quando eu cheguei no povoado 
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Deixei na porta da igreja e foi cham? o delegado. 
 

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A morte desse rapaz mais do que eu ningu?m sentiu 
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Deixei de lid?  com gado, minha inclina??o sumiu 
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Quando lembro esta passagem , franqueza me d? arrepio 
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Parece que a friage  das costa inda n?o saiu!
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